ainda sem título


resgatando coisas...
quando eu era mais nova, adorava montar quebra-cabeças, colorir livros de colorir ou até jogar joguinhos disso no celular, ouvir música até tarde e até chorar por causa delas querendo um amor (o auge dos 14 anos). assistia a novela rebelde mexicana várias vezes e queria algo como roberta e diego (duvido que hoje em dia eu vá querer algo assim). passava maquiagem tarde da noite e, o principal e não menos importante: tinha um diário onde eu desabafava tudo que doía, desenhava os desenhos mais feios e horrendos, escrevia cartas, textos e poemas sem sentido. o tumblr alimentava muito essa estética meio triste.

confesso que sinto falta de quem eu era no passado — tirando a parte em que eu era extremamente depressiva e só ouvia música triste. mas ainda assim, sinto falta das coisas que eu amava e acabei abandonando.

no meio de 2025, decidi resgatar o hábito de ouvir músicas com mais frequência e me conectar de verdade com elas. eu nunca parei de ouvir música, mas ficava presa só no que já conhecia. deixei de ouvir artistas que eu realmente gostava: jorja smith, daniel caesar, sabrina claudio, aurora, troye sivan, clairo, rbd, alessia cara, fifth harmony, ed sheeran, avril lavigne, paramore e one direction. tem mais, mas esses eram os principais.

de 2024 pra 2025, pra minha surpresa boa, voltei a consumir todas as músicas do one direction. depois que o zayn saiu, eu larguei a banda — nunca foi minha favorita da vida igual rbd. eu ainda ouvia drag me down e perfect, mas sentia no fundo do peito que queria resgatar algo que tinha sido tão importante pra mim. percebi como as músicas envelheceram bem. isso reacendeu até aquela esperança da banda voltar, mas aí veio uma grande perda: o liam payne. quem viveu sabe. não vou entrar em detalhes, mas doeu demais. parecia que um pedaço da minha infância tinha ido embora com ele. na retrospectiva do spotify de 2024… só deu eles.

enfim. depois de assistir a um vídeo da gabi journals, em que ela mostrava todos os cadernos, sketchbooks, planners e diários dela, me deu uma vontade enorme de resgatar a escrita em caderno e criar um sketchbook. e desde então isso não sai da minha cabeça.

fico me perguntando por que eu parei com esse hábito. eu tenho um diário digital no notion, mas escrever à mão, desenhar, montar uma playlist dentro do caderno… é outra experiência. eu até já mudei o blog pra algo mais pessoal, meio diário mesmo. tenho muita coisa escrita no notion, algumas bem pesadas, e não sei o que fazer com isso tudo. ainda não decidi se passo pro diário físico ou deixo lá. só sei que estou ansiosa pra recomeçar.

assistindo o vídeo da gabi, me deu vontade de finalmente montar meu caderno de leituras — que eu estou enrolando o ano inteiro pra fazer. vou fazer aos poucos, porque já li muita coisa ao longo dos anos e ainda tem o ano novo chegando. sim, pretendo fazer de todos os anos. vai dar trabalho? vai. mas quero registrar. vai que um dia dá algum bug maluco nesses sites e apaga tudo. melhor prevenir.

essa postagem marca a minha saída da zona de conforto. o que eu quero dizer com isso? que vou ler coisas que normalmente não leio. livros de autoajuda, autoconhecimento, emocional. às vezes eu entro numa crise e depois quero entender o que aconteceu. eu não sei lidar com o que sinto e sou muito dura comigo mesma.

pra ser sincera: eu não me conheço. e isso me assusta. convivo comigo há 26 anos e, mesmo assim, parece que conheço só um terço. sei dos meus medos, anseios, da minha personalidade… mas a gente sempre é muito mais do que os outros veem — e até mais do que a gente mesma vê.

vou entrar numa jornada de autoconhecimento. isso me assusta, mas também me dá um friozinho bom na barriga. quero aproveitar esse momento pra me abraçar e realmente me conhecer. vou registrar tudo num diário, porque acho importante ter isso guardado.

cansei de não me olhar com carinho. sinto que preciso disso.

então, nesse primeiro momento, vou começar pelo diário — porque ele já está aqui. tenho escrito algumas vezes, não diariamente. não vou me cobrar, porque é um hábito que eu preciso reconstruir. às vezes dá preguiça de escrever à mão, e tudo bem.

vou começar também o caderno de leitura, começando por 2025/2026. com o tempo vou montando os anos anteriores. vai dar trabalho, mas não vou me pressionar. e ainda quero trazer algumas coisas aqui no blog — só preciso resolver a câmera do celular.

e outra coisa: em 2026 decidi usar planner pra me ajudar nessa jornada. tem ferramentas que acredito que vão ser úteis. tentei usar em 2024 e não funcionou, mas agora eu já sei o que funciona pra mim — então acho que agora vai.


uma coisa que aprendi com o vídeo da gabi é que às vezes achamos que não fizemos nada grandioso no mês ou no ano, mas fizemos sim. só que a rotina do dia a dia faz a gente esquecer. então anote tudo o que for importante pra você, ex: o restaurante em que a comida estava incrível, o céu estava numa coloração que eu não via há muito tempo, a sua comida conforto do dia. tudo importa. no final do mês — ou daqui a anos — você vai ver o quanto fez diferença ter essas coisas escritas. anote em qualquer lugar e, se você for parecida comigo, depois tire um tempinho pra passar pro seu diário. 

é isso!

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